RIO DE JANEIRO (Reuters) – A greve de cinco dias dos funcionários da BR Distribuidora, subsidiária de combustíveis da Petrobras, que teve início nesta segunda-feira (15), já tem a adesão de oito Estados e poderá aumentar, segundo a presidente do Sitramico-RJ (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Rio de Janeiro), Ligia Arneiro.
Procurada, a Petrobras Distribuidora, como é formalmente conhecida a BR, afirmou “que adotou as providências necessárias para garantir o suprimento de combustíveis com segurança à sua rede revendedora e demais clientes”.
Os empregados protestam contra a decisão da petroleira de vender parte relevante da subsidiária, com o objetivo de arrecadar recursos, enquanto administra uma de suas piores crises financeiras da história.
No modelo de venda da BR, haverá uma estrutura societária que envolverá as classes de ações ordinárias (com direito a voto) e preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos), de forma que a Petrobras permaneça majoritária no capital total, mas com uma participação de 49% no capital votante. Os funcionários entendem que está havendo uma privatização.
Até o momento, segundo Ligia, houve adesão de bases de distribuição da BR em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Sergipe, Amazonas, parte de São Paulo e Rio de Janeiro. Para terça-feira (16), está prevista a incorporação de Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte.
Ligia explicou que ainda é cedo para falar em desabastecimento, porque os postos podem ser abastecidos por outras companhias concorrentes da BR Distribuidora.